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Formação capacitou conselheiros e suplentes para elaboração de projetos

  • 28-05-2013

Nos dias 23, 24 e 25 de maio de 2013, conselheiros e suplentes do Programa de Educação Ambiental com Comunidades Costeiras – PEAC estiveram reunidos no Hotel Riverside, em Aracaju, para mais um momento de formação. O Curso de Capacitação em Elaboração de Projetos teve por objetivo desmistificar o processo de construção de um projeto e levá-los à prática, facilitando o acesso a políticas públicas que beneficiem as comunidades e se distanciando da cultura do assistencialismo.

Conselheiros e Suplentes apresentando a produção do grupo

A atividade de formação teve início com a abordagem sobre a importância de uma associação para a representação da comunidade e a documentação necessária para a regularidade da entidade, sendo também destacada a importância da participação, sistematização e acompanhamento das ações dos grupos de representação comunitária. Ainda foram apresentados alguns órgãos de fomento e fontes de financiamento de políticas públicas, além de exemplos de projetos para consulta.

Debate antes de produzir um projeto

Os pontos levantados permitiram a troca de experiências entre os presentes, que debateram os temas de forma ampla. Eles destacaram a realidade de suas comunidades quanto à organização de grupos, a problemática da devastação do manguezal, a exploração dos recursos naturais locais de forma predatória, a falta de oportunidades para os jovens e a falta de investimento dos órgãos gestores municipais.

Jenifer Medeiros: “o importante é saber o que a comunidade quer e o que é melhor para ela”.

A pedagoga e facilitadora do curso Jenifer Medeiros destaca a importância da formação realizada. “Pretendemos que os conselheiros e suplentes tenham condições de compreender um edital, desde o mais complexo ao mais simples, o que é um projeto, como ele é composto e de escrever. Mesmo sem o domínio em relação aos nomes técnicos, o importante é saber o que a comunidade quer e o que é melhor para ela, evitando que projetos sejam executados como acontece normalmente: o projeto chega e as pessoas executam sem questionar a sua viabilidade”, destaca a facilitadora.

Equipe apresentando os resultados da discussão em grupo

Bastante esperado pelos conselheiros, o curso foi avaliado como positivo. Segundo o conselheiro Laércio de Oliveira, que ainda não tinha vivenciado essa experiência, a formação foi proveitosa. “Estava esperando uma oportunidade e para mim enquanto liderança de uma comunidade é muito importante saber fazer um projeto. É um passo inicial para quando a comunidade precisar”.

Técnicos Petrobrás, UFS e IBAMA juntos com Conselheiros e Suplentes

Mesmo considerando-se analfabeto, o conselheiro Raimundo Amaro ajudou a sua equipe a escrever um projeto para melhorar o escoamento do artesanato em sua comunidade, proposta que ele levará para os artesãos a fim de que seja implementada. “Mesmo com pouca leitura eu me dedico ao trabalho, me responsabilizo. Através desse projeto vou me reunir com a comunidade e ajudar na organização e venda das mercadorias”, afirma Raimundo.