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X EPEAC reúne cerca de 140 lideranças comunitárias em Aracaju

  • 06-04-2018

Sob o mote “Trocando saberes, fortalecendo laços e lutas comunitárias”, teve início na noite da última quinta, 5, o X Encontro do Programa de Educação Ambiental com Comunidades Costeiras (EPEAC), em Aracaju. Durante quatro dias, cerca de 140 lideranças representantes de 95 comunidades que compõem a área de abrangência do PEAC se encontram em diferentes espaços de debates e formação política para aprofundar temas como licenciamento ambiental, organização política e defesa dos territórios, entre outros.

Encontro foi aberto com samba de coco da Ilha Grande, em São Cristóvão (SE)

Encontro foi aberto com samba de coco da Ilha Grande, em São Cristóvão (SE)

A mesa de abertura do evento contou com a presença do pró-reitor de Pós-Graduação e Pesquisa da Universidade Federal de Sergipe (Posgrap/UFS), Lucindo José Quintans Junior, o gerente de Segurança, Meio Ambiente e Saúde da UO/SEAL, Waldir Porto, o conselheiro Ênio Rabelo, representando o Conselho Gestor do PEAC, e a marisqueira Valquíria dos Santos, representando o Movimento das Marisqueiras de Sergipe (MMS).De acordo com o pró-reitor Lucindo Quintans, o X EPEAC representa uma oportunidade ímpar de fortalecimento não só das comunidades tradicionais presentes no encontro, como também da universidade pública. “O PEAC é um dos programas que fortalecem nitidamente a atuação dos povos tradicionais em seus territórios e não é à toa que é executado pela universidade pública. Somente com a produção de conhecimento e de pesquisas é possível instrumentalizar os cidadãos frente aos espaços que são por eles ocupados. E por isso a universidade também se enriquece, observando e compreendendo na prática como se diversifica e se fortalece toda essa riqueza cultural”, afirmou o pró-reitor da Posgrap.

Pró-reitor Lucindo Quintans destacou a importância do PEAC para a universidade

Pró-reitor Lucindo Quintans destacou a importância do PEAC para a universidade

O gerente de Segurança, Meio Ambiente e Saúde da UO/SEAL, Waldir Porto, destacou a potencialidade do licenciamento ambiental para a organização política dos povos tradicionais. “É fantástico ver tantas pessoas dedicando os seus dias a estarem aqui lutando pelas suas comunidades, pelo seu trabalho. Por isso que a Petrobras acredita no processo do licenciamento ambiental e na importância de fortalecer programas como esse”, destacou Waldir.

Waldir Porto destacou a potencialidade do licenciamento ambiental para a organização política dos povos tradicionais

Waldir Porto destacou a potencialidade do licenciamento ambiental para a organização política dos povos tradicionais

PEAC

Para compor a mesa de abertura, o morador de Pirambu, Ênio Rabelo, falou em nome do Conselho Gestor e destacou a importância dos espaços deliberativos para a formação política e o fortalecimento da atuação comunitária nos diversos territórios. “Chegamos à 10ª edição do encontro fazendo história, pela diversidade de vozes que temos ampliado e que se reflete aqui hoje. Temos consciência de que a nossa função enquanto membros do Conselho Gestor é formar um fórum crítico e de resistência”, afirmou.

A marisqueira Valquíria Pinto, moradora do povoado Muculanduba, em Estância, compôs a mesa em representação não só ao Movimento das Marisqueiras de Sergipe (MMS), como também todos os outros movimentos sociais presentes no encontro. “A identidade de marisqueira até certo tempo atrás era motivo de vergonha para muitas de nós. Hoje não, hoje temos orgulho de levantar essa bandeira e reafirmar a nossa identidade para ocupar todos os espaços políticos, inclusive o Conselho Gestor”, afirmou Valquíria.

X EPEAC reuniu cerca de 140 lideranças comunitárias

X EPEAC reuniu cerca de 140 lideranças comunitárias

 

Programa Peac

O Programa de Educação Ambiental com Comunidades Costeiras (PEAC) incentiva o fortalecimento dos Territórios de vida dos Povos e Comunidades Tradicionais. A realização do PEAC é uma exigência do licenciamento ambiental federal, conduzido pelo Ibama.