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A cultura de um povo é o seu maior patrimônio. Construída ao longo da História através de símbolos e significados, dos alimentos, da música e da dança, do trabalho e da relação que se estabelece com o território de vida, entre outros aspectos, é a cultura que reflete a expressão da construção humana e define a identidade cultural desse povo. Em torno do fazer cultural sergipano, são diversas as celebrações, entre elas o 8 de julho, data considerada o Dia da Sergipanidade por ser o dia em que Sergipe conquistou sua emancipação política da Bahia, em 1820.
É com o objetivo de exaltar essa riqueza cultural sergipana e celebrar o Dia da Sergipanidade que o Programa de Educação Ambiental com Comunidades Costeiras (PEAC) realiza, no próximo sábado, 7 de julho, a II Feira Cultural dos Povos e Comunidades Tradicionais. Cerca de representantes de 95 comunidades do litoral sergipano se reunirão no Oceanário de Aracaju para evidenciar o protagonismo dos povos e comunidades tradicionais através da exposição e comercialização dos produtos fabricados nos próprios territórios.
Protagonismo dos povos e comunidades tradicionais se revela através da exposição e comercialização dos produtos
Com início previsto para as 19h, o evento será gratuito e aberto ao público que deseja conhecer mais sobre as tradições e a riqueza cultural encontrada nos territórios costeiros, que envolvem desde gastronomia e artesanato até a música e a dança. Peças de artesanato de palha de taboa e ouricuri, artes em quadros e biojoias também serão expostas ao público presente, como componentes da diversidade cultural refletida pelas mãos dos pescadores, marisqueiras, catadoras de mangaba, camponeses e camponesas presentes na feira.
De acordo com Ram Sashi, analista de projeto do PEAC, o evento cumpre um papel fundamental no sentido de impulsionar a diversidade cultural encontrada nos diferentes territórios da área litorânea. “A Feira Cultural apresenta-se como uma excelente oportunidade de fortalecer as relações comunitárias e potencializar a riqueza cultural produzida nas comunidades, além de dar visibilidade ao trabalho e aos diversos modos de vida que são encontrados nessas áreas, principalmente para o público da zona urbana onde muitas pessoas desconhecem dessa nossa cultura”, afirma Ram Sashi.
PROGRAMAÇÃO MUSICAL
Feira Cultural tem como um dos objetivos exaltar a riqueza cultural sergipana
Além das deliciosas receitas que serão expostas e comercializadas nas diversas bancas distribuídas no espaço do Oceanário, o público poderá apreciar também uma rica programação musical a ser apresentada no espaço do Casco Acústico, reunindo atrações sergipanas de diversos ritmos, como forró, maracatu e grupos de dança.
No palco do Casco Acústico se apresentarão os grupos Maracatu Raízes do Quilombo Brejão dos Negros, o Grupo de Dança Axé África e o Grupo Afro Cultural Batuque e Dança Aê, do município de Brejo Grande. O público presente à feira também poderá conferir o forró pé de serra do sergipano Erick Souza, vencedor do Festival Nacional de Forró de Itaúnas (FENFIT 2017) na categoria Revelação.
PEAC
Executado pela Universidade Federal de Sergipe (UFS), o PEAC está no marco do licenciamento ambiental federal para exploração de petróleo e gás offshore na bacia Sergipe/Alagoas e abrange 95 comunidades tradicionais de toda a costa sergipana – espacializadas em dez municípios – e de Conde e Jandaíra, na Bahia.
O Programa de Educação Ambiental com Comunidades Costeiras (PEAC) incentiva o fortalecimento dos Territórios de vida dos Povos e Comunidades Tradicionais. A realização do PEAC é uma exigência do licenciamento ambiental federal, conduzido pelo Ibama.