Centro Comunitário Sul é entregue em Indiaroba

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• 29-08-2012

Uma obra que vai marcar o conjunto de projetos realizados no âmbito do PEAC. Esta é a impressão compartilhada por todos os que compareceram à inauguração do Centro Comunitário Sul, entregue no dia 25 de agosto na comunidade Sete Brejos, em Indiaroba.

O gerente de Comunicação da Petrobras, Luiz Roberto Dantas, durante cerimônia de entrega

Executada em pouco mais de 90 dias com a participação de mão de obra local, o centro será gerido pela Ascosul, e vai atender prioritariamente as comunidades costeiras dos municípios de Estância, Santa Luzia, Indiaroba, Jandaíra e Conde, participantes do PEAC e do Programa de Comunicação Social Regional – PCSR. O Centro vem a cumprir uma exigência do IBAMA para melhorar as condições de infraestrutura necessárias para execução das medidas de mitigação do licenciamento ambiental e é de interesse para o fortalecimento da organização e desenvolvimento comunitário na região.

Representante do IBAMA, Petrobras e Conselho Gestor do PEAC

 Os conselheiros titulares do PEAC compareceram em peso à inauguração do Centro Comunitário, vindo a realizar, logo em seguida, a uma parte da sua reunião mensal. Tanto eles quanto os representantes da Petrobras, do IBAMA e da Universidade Federal de Sergipe foram unânimes em festejar a concretização de um projeto desse porte.

Conselheiros do PEAC

O gerente de Comunicação da Petrobras, Luiz Roberto Dantas, ressaltou o compromisso da Petrobras no cumprimento das medidas exigidas pelo licenciamento. “As coisas não acontecem por acaso. Hoje estamos aqui entregando o Centro e ontem a Petrobras confirmou mais uma descoberta na Bacia de Sergipe-Alagoas. É nesse processo que vamos continuar construindo, é nesse processo que vamos continuar mitigando e compensando”, pontuou, lembrando a relação entre o licenciamento e o cumprimento de medidas desse porte.

 Conselheiros e comunitários comentam a entrega

Para o conselheiro Djalma José de Jesus, representante do município de Estância, a inauguração do centro representa o início de uma longa caminhada. “A escalada ainda é alta e só se chega ao topo subindo cada degrau. Esse momento representa o fim de uma angústia e a realização de um sonho. Está provado que o PEAC é uma realidade na vida das pessoas e da comunidade”, destacou.

Edinalva Alves dos Santos, representante de Santa Luzia do Itanhi no PEAC, destacou a luta dos conselheiros. “Fico muito feliz porque sei que a luta valeu a pena. Não só dos conselheiros, mas de todos que acreditaram no PEAC”, comemorou.

Já Cícero Pereira, morador do Assentamento Sete Brejos, comentou a satisfação da comunidade com a construção do centro. “A luta foi grande, já participei de muitas reuniões durante muitos anos e hoje só temos que comemorar porque esse centro vai beneficiar não só a comunidade de Sete Brejos, como outras comunidades da região Sul”, ressaltou.

Outra moradora da comunidade, Maria Batista da Silva, presidente do Grupo de Produção e Prestação de Serviços do Assentamento Sete Brejos, reforçou a entrega do centro como mais uma conquista. “Se a conquista da terra foi uma alegria a inauguração do Centro é melhor ainda, uma verdadeira bênção. Isso aqui vai ser um centro de formação, aonde vamos, dentre outras coisas, atender nossos jovens”.

 O Centro Comunitário Sul: uma obra diferente

Detalhes do Centro Comunitário

Sala de informática do Centro Comunitário

O Centro Comunitário Sul foi construído utilizando o conceito de bioarquitetura, que busca valorizar o uso de recursos naturais renováveis com baixo consumo de energia fóssil. Alguns dos materiais utilizados não são comuns na construção civil, a exemplo de bambu, eucalipto e telhas de alta resistência feitas com material reciclável, que também barateiam o custo final da obra. O uso de bambu permite a construção de paredes leves e de alta resistência, diminuindo os custos com fundações. Essa tecnologia possibilita que os comunitários tenham acesso mais fácil a recursos renováveis e de baixo custo para construção de suas próprias residências.

Concebido pelo arquiteto Ricardo Nunes, do Instituto de Desenvolvimento Comunitário Sustentável – INCOMUN, o projeto busca otimizar a iluminação e ventilação naturais (reduzindo as despesas com energia) e a integração da obra com o ambiente externo. Por sua característica diferenciada, a obra foi acompanhada pelo próprio Nunes, que teve a oportunidade de instruir a mão de obra quanto ao conceito do projeto e às técnicas para o melhor aproveitamento dos materiais.

Fachada do Centro Comunitário Sul