Equipe do PEAC realiza formação em cartografia crítica e geotecnologias

• Por Assessoria de Comunicação
• 16-05-2024

Como pensar a produção do espaço a partir dos conflitos socioambientais? A cartografia é uma ciência imparcial? Essas foram algumas das reflexões geradas a partir da formação em Cartografia Crítica que o corpo técnico do PEAC participou no mês de abril. A partir de uma metodologia orientada por projeto e visitas a campo, profissionais e estudantes puderam conhecer o mundo das geotecnologias e aplicá-las no exercício de mapeamento de áreas internas da Universidade Federal de Sergipe (UFS), passando assim por todas as etapas de concepção de mapas.

O curso, elaborado e ministrado pelo engenheiro ambiental Augusto Cruz, foi pensado na perspectiva de capacitar a equipe do PEAC para produção e análise crítica das cartografias e como elas se relacionam com a vida e luta das comunidades e povos tradicionais. 

“O curso foi planejado para que a equipe pudesse ter uma compreensão prática, teórica e política sobre os processos de construção de informações geográficas. A cartografia é um potente instrumento que permite a participação ativa dos povos e das comunidades tradicionais na gestão do Estado e na formulação de políticas públicas que resguardem seus territórios e seus modos de vida.” ressaltou Augusto que também é pesquisador do Programa de Educação Ambiental com Comunidades Costeiras.

Ao longo dos quatro encontros, a equipe explorou diversos temas que atravessam as políticas de ordenamento territorial, além de trocar experiências entre os projetos e refletir sobre uma cartografia voltada aos interesses das comunidades pesqueiras e tradicionais de Sergipe.

Para Juliana Lago, pesquisadora do projeto de Fortalecimento Sociopolítico das Marisqueiras, o curso permitiu “um primeiro contato com o geoprocessamento, além das aulas práticas de levantamento de dados. Augusto conseguiu trazer também uma retomada teórica fundamental para entender o campo da cartografia”, explica.