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Aberto oficialmente na noite do dia 29 de novembro e com atividades até o dia 1º/12, o Encontro do PEAC chegou à sua sexta edição com a presença de mais de 100 representantes das comunidades da área de abrangência. A mesa de abertura foi composta pelos representantes do IBAMA, Petrobras, Universidade Federal de Sergipe (UFS) e do conselho gestor do PEAC. Eles foram unânimes em ressaltar a importância do encontro para as organizações envolvidas e, principalmente, para as mais de 90 comunidades integrantes do programa.
Abertura oficial do VI Encontro
Entre os destaques, fatores como a consolidação das atividades do programa também foram lembrados. “Esse encontro é muito importante, não só pela consolidação do processo, mas principalmente pelo início de um novo ciclo que começa com a eleição de novos conselheiros”, disse Roberto Theobald, gerente de Segurança, Meio Ambiente e Saúde da Petrobras.
Representante da Petrobras, Roberto Theobald
O representante do IBAMA, Edmílson Maturana, pontuou que a renovação do conselho gestor é um momento que enseja ações que promovam a integração das comunidades. “Que os novos entendam esse desafio de fazer parte do conselho gestor; que eles tenham capacidade de articulação com as suas comunidades, além de ser importante a gente ajudar na transição das medidas compensatórias para a discussão das medidas mitigadoras e outras linhas de ação do PEAC”, ponderou.
Representante do IBAMA, Edmílson Maturana
A primeira noite também foi marcada pela abertura da II Mostra de Fotografia do PEAC, quando foram expostas as fotografias dos jovens das comunidades de Pontal (Indiaroba), Mosqueiro (Aracaju) e Saramém (Brejo Grande) que participaram do curso de fotografia básica promovido pela equipe de comunicação do programa. Além da exposição, a noite contou com apresentação cultural de um grupo de samba de coco do município de Barra dos Coqueiros.
Samba de Coco da Barra dos Coqueiros em apresentação na noite de abertura do encontro
II Mostra de Fotografia do PEAC retrata paisagens e pessoas das comunidades da área de abrangência do programa
Segundo dia
No segundo dia de atividades, o destaque foi a presença da representante do Movimento de Trabalhadores da Pesca, Marisélia Carlos Lopes, mais conhecida como “Nêga”. Ela chamou os presentes a refletir sobre a necessidade de lutar pela prática da pesca artesanal nos moldes tradicionais e a importância da defesa do território para a atividade.
Representante do Movimento de Trabalhadores da Pesca, Marisélia Carlos Lopes
A presença de “Nêga” instigou os delegados a muitas indagações e declarações, que ela considerou um momento único de troca de experiências. “Trouxe hoje uma experiência do movimento que se soma a experiência de Sergipe, em nome de uma ameaça constante. Nós percebemos que esse interesse de estarmos juntos nos defendendo, ele existe”, disse a representante.
Apresentação das atividades do ano 2103 do conselho gestor
A sequência das atividades esteve voltada para a apresentação do balanço das atividades do ano de 2013 realizada pela equipe técnica da UFS e pelo conselho gestor. A exemplo do que ocorreu no ano anterior, os conselheiros buscaram uma forma criativa de apresentação e encenaram um telejornal com a participação de todos os membros da segunda gestão.
Balanço das atividades da UFS
A equipe da UFS apresentou as atividades de mitigação realizadas com a utilização de cordel e teatro, com destacando para as mobilizações para o encontro, as atividades de assessoria técnica, logística, comunicação e coordenação. Já a Petrobras evidenciou o andamento dos projetos de compensação e, através da apresentação do grupo de teatro de Pernas de Pau de Santo Amado das Brotas, fechou as atividades do dia com a apresentação dos demais programas e projetos executados como condicionantes do licenciamento.
Equipe Petrobras esclareceu o andamento das ccompensações
Grupo de Pernas de Pau de Santo Amaro em apresentação dos programas e projetos ligados ao licenciamento
Eleição
O último dia de atividades esteve voltado para a reunião dos delegados por município e para a eleição dos novos conselheiros e seus respectivos suplentes. Foi o momento de os candidatos se articularem e firmarem suas propostas para a terceira gestão do conselho.
Delegados reunidos para definir os nomes dos titulares e suplentes
Os candidatos foram escolhidos entre os delegados de cada município eleitos no período de mobilização para o encontro, e entre os conselheiros da gestão atual que ainda podiam candidatar-se, considerados delegados natos. As candidaturas foram articuladas sempre na proporção de um conselheiro titular e até dois suplentes para cada município, tendo sido apresentada à assembleia a chapa única, aprovada pela maioria. A terceira gestão do conselho gestor do PEAC está formada por 26 titulares e 25 suplentes.
Delegados da região sul em momento de eleição
Para o conselheiro reeleito do município de Estância, Djenal Soares, esse é um momento de unir forças. “Diante das novas propostas de ações apresentadas por esta terceira gestão quero me somar a todos e fortalecer a coletividade”. Já Adilma Santos, de Aracaju, que foi eleita em seu primeiro mandato como conselheira titular pela região centro, considera a participação no conselho “importante enquanto formador das lideranças e também no amparo ao pescador”, ressaltou.
Delegados do município de Barra dos Coqueiros
Apreciação
De acordo com Carlos Martins, analista ambiental do IBAMA, o VI Encontro do PEAC superou as expectativas. “De todos os encontros que acompanhei, este foi o melhor em disparado. Acho que ajudou muito a presença da Nêga, a representante do MTP, por que ela dialoga muito fácil com os pescadores. São eles conversando com eles mesmos. Nos próximos encontros temos que trazer os representantes das comunidades tradicionais para dialogar e mostrar como é a realidade, independente da estrutura do programa”, avaliou.
Opinião também compartilhada pelo consultor ambiental da Petrobras e coordenador executivo do PEAC, Luís Sávio Sousa. “O encontro superou expectativas, demonstrando um nível de maturidade muito grande por parte dos comunitários nas discussões, avaliações e proposições feitas”.
O Programa de Educação Ambiental com Comunidades Costeiras (PEAC) incentiva o fortalecimento dos Territórios de vida dos Povos e Comunidades Tradicionais. A realização do PEAC é uma exigência do licenciamento ambiental federal, conduzido pelo Ibama.